Jessica, Sharon e Leonardo são um trisal que entrou em contato com a equipe da Poliamor Brasil. Aproveitamos a nossa proximidade para consultá-los sobre sua experiência poliamorosa, levando em conta que eles têm duas meninas cujas identidades protegeremos.
Leonardo, 41 anos, conta que formalizou sua relação com Jessica (26) há 9 anos e que suas duas filhas nasceram dessa união. As mininas hoje têm 6 e 3 anos de idade.
Eles não sempre tiveram uma visão aberta para as relações sexoafetivas porem ha tempo isso mudou. Sete meses atrás, Sharon chegou às suas vidas. Uma garota de 19 anos, também com uma grande curiosidade pelo mundo poliamoroso e com a coragem de assumi-lo. Nesta entrevista, Leonardo fala com nos.
-Como se sentem tendo um relacionamento poliafetivo?
-No inicio assustava um pouco pois foi fruto do acaso, mas com o tempo e assumindo nossa relação passamos a ver como um relacionamento como qualquer outro . Como disse o autor do Pequeno Principe, Saint Exupéry, “O amor è a unica coisa que quando se divide ele multiplica”.
-Foi a primeira experiência poliafetiva que os três tiveram?
–Não, tivemos um relacionamento anterior que durou quase 3 anos.
No entanto, existem outras pressões que devem ser superadas.
-Como a família de vocês reagiram quando souberam do relacionamento?
–De cara estranharam, julgaram e não aceitaram -falou Leonardo-, mas com o tempo viram que não era putaria. Isso foi demostrado pois vivemos como uma familia e aos poucos muitos passaram a respeitar e nos cercar com suas curiosidades. Hoje a maioria convive, aceita e respeita, mesmo nao achando correto.
PUBLICIDADEPara muitos polamorosos, a família é uma barreira difícil de superar. Mas em outros casos a familia acaba sendo aliados do seu modo de vida, e é isso que também esperamos das autoridades.
–Como vocês vêem a proibição do registro de uniões poliafetivas em cartório pelo Conselho Nacional de Justiça?
-Acredito que o CNJ não divia sofrer influência de uma bancada religiosa. Ha tanta coisa que com certeza seria bem mais util eles resolverem do que com quem alguem vive, dorme ou quer se unir…
Com esse pensamento, dizemos adeus a este belo trisal, mas não antes de desejar-lhe o maior sucesso e felicidade possível.
